Se considerarmos que em 2013 o número de automóveis da cidade de São Paulo superou os 5,4 milhões de veículos, e que o excesso de velocidade e a irresponsabilidade dos condutores e pedestres estão entre as principais causas de mortes no trânsito, se faz cada vez mais necessário que as cidades tenham ruas mais seguras.
Para ter uma ideia de como avançar nesse sentido, apresentamos a seguir quatro propostas para o projeto de cruzamentos que podem servir de exemplo para aumentar a segurança dos pedestres, ciclistas e motoristas.
Saiba mais, a seguir.
1. Cruzamentos elevados
O diagrama inicial desse artigo corresponde a um cruzamento elevado, isto é, um exemplo de quando o cruzamento dos pedestres acontece no mesmo nível das calçadas - e não da rua -, obrigando os motoristas a reduzirem a velocidade.
Em alguns locais onde essa estratégia foi implementada, foi introduzida uma lombada antes do cruzamento, alertando os condutores para que reduzam a velocidade e permaneçam atentos ao fluxo de pedestres.
2. Extensão das calçadas
Se das esquinas das calçadas forem mais curvas e se estenderem sobre a rua, o campo visual dos condutores e pedestres é aumentando. Além disso, se uma pista for dedicada aos ciclistas, o campo de visão fica ainda maior, já que uma bicicleta tem um volume muito menor que um automóvel e obstrui pouco a visão dos demais cidadãos.
Essa estratégia tem sido implementada em cidades que estão desenvolvendo projetos de "ruas completas", isto é, acessíveis, seguras e com foco na escala humana.
3. Cruzamentos protegidos
O urbanista americano Nick Falbo elaborou uma proposta pensada na segurança dos pedestres, ciclistas e condutores que envolve quatro estratégias de desenho:
- Aumentar a largura das calçadas nas esquinas, fazendo destas refúgios para os pedestres. Isso não apenas torna os cruzamentos mais seguros como também garante que, ao dobrar as esquinas, os condutores tenham os pedestres sempre à vista.
- Instalar uma barra de proteção nas esquinas para que os ciclistas fiquem protegidos e visíveis aos motoristas
- Separar os cruzamentos de ciclistas e pedestres nas esquinas. Visto a partir do centro, o cruzamento para bicicletas é mais curto.
- Instalar sinais de trânsito para os ciclistas.
4. “Ergo Crosswalk”
É bastante comum que as pessoas não caminhem até as esquinas para cruzar a rua. Para o projetista coreano Jae Min Lim, isso ocorre pois a extensão das faixas de pedestres não tem uma rota lógica de deslocamento, pois são pensadas em função do movimento retilíneo.
Por esse motivo, Lim projetou a “Ergo Crosswalk”, uma proposta que leva em consideração os hábitos, a comodidade e a segurança dos pedestres e que consiste em estender as linhas dos cruzamentos de pedestres e torná-las curvas nas esquinas. Assim, os veículos devem permanecer alguns metros afastados, garantindo aos pedestres mais espaço para caminhar de forma segura.
Via Plataforma Urbana.